02 – Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo
02 a 07 – Semana da Saúde no Brasil. Data instituída pela Portaria de Consolidação MS nº 1/2017, art. 527
06 – Dia Mundial da Atividade Física
06 – Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
07 – Dia Mundial da Saúde
08 – Dia Nacional do Sistema Braille. Data instituída pela Lei nº 12.266/2010
11 – Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson
14 – Dia Mundial da Doença de Chagas
16 – Dia Mundial da Voz
16 – Dia Nacional da Voz. Data instituída pela Lei nº 11.704/2008
17 – Dia Mundial da Hemofilia
22 – Dia Nacional da Tontura
23 a 30 – Semana de Vacinação nas Américas
24 a 30 – Semana Mundial da Imunização
25 – Dia Mundial da Malária
26 – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Data instituída pela Lei nº 10.439/2002
28 – Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho
28 – Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Data instituída pela Lei nº 11.121/2005
30 – Dia Nacional da Mulher. Data instituída pela Lei nº 6.791/1980
No intuito de construirmos uma sociedade mais justa e inclusiva, o mês de abril é dedicado a uma causa muito importante. Nesse período, somos convidados a refletir, debater e agir em prol das pessoas com autismo. Pensando em dar maior visibilidade para o tema, foi criado o abril azul, mês internacional da conscientização do autismo.
Para as organizações, estar atento ao calendário da gestão, celebrando datas que são relevantes para a sociedade, torna-se indispensável para o crescimento interno. Venha entender o que é abril azul, o que é autismo, causas, direitos da pessoa autista, e porque é importante promover ações em sua organização engajadas com o abril azul.
Foi a Organização das Nações Unidas (ONU) quem escolheu o dia 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. O azul é visto como a cor ideal para o incentivo da comunicação verbal entre as pessoas. Representar o mês do autismo com essa cor, reforça a ideia de deixar as pessoas autistas calmas, em equilíbrio e acolhidas.
Apesar de um grande número de crianças receberem o diagnóstico de autismo, aqui no Brasil chegando a 2 milhões de casos, o assunto ainda é desconhecido para grande parte da população.
A campanha tem o objetivo de despertar um olhar mais empático e realista para o autismo. São feitas diversas ações sobre o tema, que ajudam a debater o assunto em seus vários aspectos. Desde autistas no mercado de trabalho, nas escolas, nas famílias e em todas as instâncias da sociedade.
Usar os meses do ano para discutir questões diversas relacionadas à saúde é essencial para que essas temáticas sejam bem compreendidas socialmente. No início do ano contamos com o janeiro branco, que pede espaço para ressaltar a importância de cuidar da saúde mental.
Em sequência, trouxemos um conteúdo sobre fevereiro roxo, conscientizando sobre doenças crônicas. Já o março lilás tem a força de alertar a população sobre a prevenção do câncer de colo de útero.
Neste texto, você vai saber mais sobre o que significa abril azul, o que é autismo e quais ações são fundamentais para sua organização fazer, tanto para acolher pessoas autistas que trabalham, quanto para familiares dos colaboradores
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), conhecido como autismo, é um transtorno neurológico que afeta o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicativas e cognitivas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge 1 em cada 160 crianças no mundo.
É importante destacar que esta não é uma condição única e uniforme, variando para cada indivíduo. Os sinais e sintomas podem afetar com intensidades diferentes, por isso o recomendado é sempre procurar médicos especialistas em TEA.
Em alguns casos há também dificuldade de aprendizado, e, em outras, a pessoa se mostra muito ativa em determinado assunto.
Situações envolvendo habilidades sociais e comunicativas possuem alguns sinais. As pessoas com autismo podem ter dificuldades em:
Com relação às habilidades de comportamento, também se destacam:
O diagnóstico preciso acontece em crianças com 2 e 3 anos, momento em que estão tendo maior interação. Algumas das características que ajudam a identificar a condição envolvem:
Apesar de não se saber ao certo quais são as causas para o Transtorno do Espectro Autista, muitos estudos apontam para a genética. Partem de uma série de alterações ocorridas no cérebro, que afetam seu funcionamento normal. Não são respostas claras, os pesquisadores ainda seguem analisando hipóteses para entender mais.
Uma pergunta que muitos devem se fazer: autismo tem cura? A resposta é não. Ao receber o diagnóstico de TEA, deve-se entender que será uma condição levada para a vida toda. Será o tratamento que definirá a forma que o indivíduo se desenvolverá.
O tratamento tem por objetivo a redução dos sintomas para o desenvolvimento de habilidades sociais e comunicação. Como já mencionado, tudo vai variar de pessoa para pessoa, não há um tratamento específico porque não há apenas um nível único de autismo.
Entre as possibilidades de tratamento se encontram consultas com fonoaudiólogos, métodos como ludoterapia e grupos de habilidade sociais. O uso de medicamentos também é uma opção, mas não para o autismo. Eles servem para ajudar em determinadas situações como agressividade, ansiedade, hiperatividade, alterações de humor, etc.
Apesar de não se saber ao certo quais são as causas para o Transtorno do Espectro Autista, muitos estudos apontam para a genética. Partem de uma série de alterações ocorridas no cérebro, que afetam seu funcionamento normal. Não são respostas claras, os pesquisadores ainda seguem analisando hipóteses para entender mais.
Uma pergunta que muitos devem se fazer: autismo tem cura? A resposta é não. Ao receber o diagnóstico de TEA, deve-se entender que será uma condição levada para a vida toda. Será o tratamento que definirá a forma que o indivíduo se desenvolverá.
O tratamento tem por objetivo a redução dos sintomas para o desenvolvimento de habilidades sociais e comunicação. Como já mencionado, tudo vai variar de pessoa para pessoa, não há um tratamento específico porque não há apenas um nível único de autismo.
Entre as possibilidades de tratamento se encontram consultas com fonoaudiólogos, métodos como ludoterapia e grupos de habilidade sociais. O uso de medicamentos também é uma opção, mas não para o autismo. Eles servem para ajudar em determinadas situações como agressividade, ansiedade, hiperatividade, alterações de humor, etc.
Quando a medicina fala em níveis de autismo, consideram como níveis de intensidade dos sintomas atrelados ao autismo. Esses sintomas, ou sinais, foram categorizados pelo Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5).
Esse método foi desenvolvido para entender a necessidade de suporte que a pessoa com TEA necessita. A partir da gravidade de determinado sintoma, é definida a forma de se auxiliar a pessoa no dia a dia.
Por exemplo, a pessoa autista nem sempre precisará de apoio em todas as esferas. Podem ocorrer casos que ela precise de suporte em relação às questões de socialização, mas que não apresente necessidade em questões de comportamentos restritos, como manter uma rotina.
Entendendo essa parte, é importante ressaltar que uma pessoa diagnosticada com autismo, não deve ser definida por um nível. As fronteiras entre os níveis são fluidas, pois estão relacionadas aos níveis de suporte que o autista deve ou pode receber. Abaixo, vamos analisar as principais características de cada nível.
A cada ano, a medicina procura retirar a ideia de nível leve, moderado e grave nas explicações sobre autismo, pois é comum confundir as famílias, que temem a severidade do transtorno e procuram meios inapropriados de tratamento para seus filhos.
Nível 1
Sintomas que se enquadram no nível um são considerados mais leves, portanto, quando uma pessoa é diagnosticada com este tipo de autismo, o termo utilizado na medicina é Transtorno do Espectro do Autismo, Nível 1 de Suporte.
Algumas das características desse nível incluem a preferência por rotinas, dificuldades de socialização e comportamentos repetitivos. Haverá a necessidade de um acompanhamento mais brando que auxilie no dia a dia.
Lembrando, existem pessoas que apresentam características de nível um, mas que não possuem prejuízos em seu cotidiano, não precisando de suporte específico. Conseguem se comunicar verbalmente, se relacionar e manter uma rotina tranquila.
Exatamente por essas questões de menos suporte, alguns indivíduos com TEA recebem o diagnóstico tardio.
Nível 2
Considerado o nível intermediário em relação aos sintomas e a necessidade de suporte. As dificuldades envolvendo comportamentos sociais e de comunicação são mais intensas que as de nível 1. É caracterizado, também, por tendências a rotinas fixas.
Em questões de fala, a pessoa que apresenta essa característica em nível 2 pode ter dificuldades ao se expressar. Utiliza frases curtas e vai tentar abordar temas específicos, dos quais possui mais domínio.
Um autista que se enquadra no Nível 2 de suporte recebe o diagnóstico Transtorno do Espectro do Autismo, Nível 2 de Suporte, mas sempre lembrando que pode ser um nível 2 em um conjunto de dificuldades, mas pode demonstrar facilidades em outras características, não precisando de suporte.
Nível 3
O nível 3 apresenta as características dos outros níveis só que com maior intensidade, necessitando de mais suporte cotidiano. Quanto a comunicação, apesar de nesse nível ser de uma intensidade alta, algumas pessoas conseguem se comunicar normalmente. Em alguns casos, esse desenvolvimento é devido ao suporte recebido.
Os principais sintomas que chamam a atenção dos pais envolvem a comunicação e a socialização. A falta de fala, dificuldade de interação na escolinha, são sinais de que algo está acontecendo.
Muitos pais encaram a descoberta do transtorno como um desafio extremamente difícil. É importante construir uma rede de apoio, contar com ajuda especializada pode atenuar o impacto dos sintomas.
A criação do abril azul visa exatamente despertar a atenção para o tema. Assim, amplia-se o entendimento da condição do espectro autista, pois há certas características e sinais que são descobertos apenas na vida adulta, com prejuízos acumulados no dia a dia por falta de informação, apoio e ajuda especializada.
De acordo com a Lei nº 12.764/12, a pessoa com autismo é considerada pessoa com deficiência (PCD), e tem direito a apoio em seu desenvolvimento pedagógico. Esse apoio inclui professores auxiliares, adaptação de conteúdos, suporte para organização, prazos maiores, entre outros.
Portanto, o TEA não é considerado uma doença e uma pessoa com autismo não tem nenhuma aparência específica que demonstra uma doença. É necessário desmistificar algumas questões até para empregadores terem conscientização sobre o caso.
Ainda, segundo a lei, como PCD, pessoas com TEA possuem prioridades em atendimentos e processos nos quais estão inseridas.
De acordo com a Lei nº 12.764/12, a pessoa com autismo é considerada pessoa com deficiência (PCD), e tem direito a apoio em seu desenvolvimento pedagógico. Esse apoio inclui professores auxiliares, adaptação de conteúdos, suporte para organização, prazos maiores, entre outros.
Portanto, o TEA não é considerado uma doença e uma pessoa com autismo não tem nenhuma aparência específica que demonstra uma doença. É necessário desmistificar algumas questões até para empregadores terem conscientização sobre o caso.
Ainda, segundo a lei, como PCD, pessoas com TEA possuem prioridades em atendimentos e processos nos quais estão inseridas.
As campanhas do abril azul motivam as organizações a conscientizarem seus colaboradores. A gestão das organizações possui maior sensibilidade para tratar do tema e trazer pessoas capacitadas para falar sobre o assunto, assim como montar um plano interno para a organização.
O motivo de ser pautado internamente está em promover o bem-estar no trabalho e em criar um espaço inclusivo e acolhedor, até porque pode haver pessoas autistas em qualquer setor. Vale lembrar que um ambiente harmonioso favorece a motivação no trabalho.
Quando se fala em promover comunicação dentro de uma organização, o primeiro pensamento é voltado para o endomarketing, mas também é possível pensar no desenvolvimento humano geral dos colaboradores. A organização deve promover ações como:
Além do mais, caso a organização possua trabalhadores autistas, é essencial acolhê-los e promover estruturas adaptadas ao desenvolvimento individual. Também é central estabelecer espaços, especialmente no abril azul, para que eles possam falar sobre sua experiência para todos da organização, ou ao menos do próprio setor.
Preconceitos comuns que autistas sofrem
“Todo autista é gênio”. Esse é o primeiro pensamento de muitas pessoas que não tem conhecimento real sobre o tema, o que acaba sendo um ato de preconceito. Sabe por quê? Não é uma condição exata de quem tem autismo. Muitos, inclusive, apresentam grande dificuldade de aprendizagem.
Esse tipo de pensamento acaba atrapalhando quando a pessoa vai em busca de emprego.
A taxa de desemprego entre PCD’s é alta, e trazendo um recorte sobre os autistas, o número é extremamente preocupante. Em 2020, 80% dos adultos com autismo estavam desempregados. Isso ocorre porque, em muitos casos, as organizações não estão preparadas para lidar com a situação.
Ao abrir sua organização para a inclusão, em primeiro lugar, deve haver uma preparação. Reconhecer o espaço do autista no mercado de trabalho também é importante. Esses são alguns dos motivos para a campanha de abril azul.
Tenho um funcionário autista: como proceder?
Aproveitando o mês de abril e a campanha abril azul. O desenvolvimento de palestras e estudos sobre os assuntos se tornam necessários. É preciso entender que haverá dificuldades e estar preparado para lidar com elas. Deixar claro para a equipe que pessoas com autismo podem possuir dificuldades de entender mensagens indiretas.
Entender que, muitas vezes, alguns não irão participar de eventos e confraternizações barulhentas ou cheias de gente. Isso não quer dizer que a pessoa é antissocial ou que não gosta dos demais. Lembre sempre a todos que o comportamento é parte das possíveis características do espectro.
A inclusão depende de a organização ter uma boa comunicação interna, que saiba preparar a equipe e o ambiente. O ambiente de trabalho deve ressaltar a importância do respeito às diferenças, da empatia e da inclusão.
Desenvolvido por: etal Comunica.